O Governo de Goiás lançou nesta quarta-feira (22/11) dois programas para aumentar a qualidade e o número de vagas de cursos técnicos na área de tecnologia em Goiás: o Jornada para o Futuro e o Pense Grande Tech.
O primeiro oferece, de forma inédita, um curso técnico na área de tecnologia em conjunto com o ensino médio regular da rede pública estadual; o segundo cria um novo curso técnico de ciência de dados nas Escolas do Futuro de Goiás (EFGs). Juntas, as duas iniciativas vão atingir quase 3 mil alunos.
O Jornada para o Futuro é um programa piloto que vai permitir que alunos saiam do ensino básico já com um diploma técnico de Desenvolvimento Web e Cyber Security, o que favorece a entrada no mercado de tecnologia, área que oferece alguns dos melhores salários atualmente.
O programa é feito em parceria entre as secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), responsável pelas EFGs, e de Educação (Seduc), responsável pelos Centros de Ensino em Período Integral (Cepis). Também são parceiros do programa os institutos Telles e Sonho Grande.
Ao todo, o piloto vai abranger as cinco unidades tech das EFGs em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Mineiros, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso, além de 14 unidades dos Cepis localizados em 12 cidades diferentes. O projeto foi desenhado com o intuito de promover a qualificação e a formação profissional de jovens em vulnerabilidade econômica e social.
“Nosso estado se preparou para este momento. O governador Ronaldo Caiado exige de seus colaboradores a excelência e temos escolas em perfeitas condições, e também as Escolas do Futuro, que têm quase R$ 10 milhões em equipamentos de alta qualidade, cada uma. Então, apostamos na tecnologia para qualificar nossos jovens e prepará-los para o futuro”, afirmou o vice-governador Daniel Vilela.
Com a nova grade curricular, os alunos das unidades onde o projeto piloto será implantado já sairão com o diploma de curso, ao concluírem o ensino médio. “Nós temos dois objetivos: aumentar a oferta do ensino técnico e torná-lo mais atrativo. Nós acreditamos no ensino técnico, que é algo muito forte em países mais desenvolvidos e queremos um futuro melhor para nossos estudantes, com tecnologia e educação básica de ponta”, afirma José Frederico Lyra Netto, titular da Secti.
A secretária de Educação, Fátima Gavioli, ressalta a importância do programa para o ensino médio integral. “A escola de tempo integral, por si só, não é mais atrativa, e não apenas em Goiás. Os pais não as querem para os alunos maiores, pois querem vê-los preparados para o mercado de trabalho. E não estão errados. Através desta parceria, surge uma oportunidade muito forte para a educação integral. A Secti vai para dentro do colégio de tempo integral levar formação, informação, capacitação, preparo. E muitos alunos também irão para as Escolas do Futuro”.
Além dos alunos das cinco unidades tech das EFGs, o programa impacta os estudantes de ensino médio das 14 unidades-piloto dos Cepis. Porém, os alunos que já estão cursando o ensino médio nestas unidades em 2023, que vão para o 2º e 3º anos em 2024, também poderão optar por fazer módulos da formação técnica, tendo ao final os certificados de qualificação em Desenvolvedor Front-End e Desenvolvedor Back-End, para o caso dos alunos que estarão no 2º ano, e apenas o primeiro para os estudantes do 3º ano.
Esses estudantes de 2º e 3º anos poderão fazer, exclusivamente nas EFGs, os demais módulos depois de concluírem o ensino médio, e, assim, pegar o diploma do curso técnico, que é dividido em quatro etapas: além das já citadas, também Assistente de Cibersegurança e Assistente de Análise de Dados.
No mesmo evento também foi lançado o programa Pense Grande Tech, que vai oferecer o curso de Ciência de Dados nas Escolas do Futuro de Goiás (EFGs). O programa é uma parceria entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e a Fundação Telefônica Vivo e será ofertado, como projeto-piloto, em três EFGs a partir de 2024: Goiânia, Aparecida de Goiânia e Santo Antônio do Descoberto. A princípio, serão disponibilizadas duas turmas por unidade, cada uma com 30 vagas.
Os estudantes passarão por letramento digital pelo período de um ano e quatro meses, em um currículo que contempla três eixos principais: Gestão de Dados, Big Data e Análise de Dados. A ideia é oferecer, também, competências para a elevação da fluência digital dos professores, incluindo a formação de 20 horas de inglês para todos os docentes.
Por último, foi anunciado também o início das parcerias que a Secti tem feito com empresas tech para garantir estágios e residências tecnológicas aos alunos das EFGs. O Grupo Soluti e a Everest Digital, empresas goianas líderes do ramo de soluções digitais na América Latina, devem ser as primeiras a receber os estudantes.
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